terça-feira, 26 de junho de 2012

Arraiá nas escolas



Secretaria afasta professora que sugeriu cintada em garoto em SP


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Secretaria de Educação de Sumaré ( a 118 km de São Paulo) decidiu afastar a professora que enviou um bilhete aos pais de um aluno de 12 anos orientando-os a dar cintadas e varadas para educá-lo. Ela ficará sem dar aulas até a conclusão da sindicância interna, que pode durar até 180 dias.

Professora 'orienta' pais a dar cintadas em aluno

Inicialmente, a prefeitura havia informado que iria oferecer um afastamento de licença médica para a professora, mas a assessoria afirmou que a secretaria mudou de posição "para que o processo de sindicância ocorra sem problemas e para que a professora possa se defender tarnquilamente".

Representantes da escola fizeram uma reunião hoje com os pais do garoto. A docente da escola municipal José de Anchieta, que não teve o nome informado, abonou o dia de hoje.

Ela enviou aos pais do aluno um bilhete, em papel timbrado da escola e escrito à mão, pedindo que os eles conversem com o garoto e, se isso não resolver, que partam para a agressão. "Se a conversa não resolver. Acho que umas cintada vai resolver (sic)", diz o recado.

Segundo os pais, o menino teve diagnóstico de dificuldade de aprendizagem há dois anos. Ele está na 5ª série e passa por acompanhamento psicológico. A família diz ainda que o garoto sofreu bullying dos colegas após ter sido criticado pela professora.

A Secretaria de Educação da cidade informou ainda que a direção da escola não sabia do envio do bilhete, que, pelas regras, deveria ter passado pela orientação ou coordenação, antes de ser entregue aos pais.
 
 Reprodução 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Festas Juninas: uma oportunidade de confraternizar, também, na escola


Fogueira: Um dos ícones da Festa Junina
Fogueira: Um dos ícones da Festa Junina
O mês de Junho é caracterizado por danças, comidas típicas, bandeirinhas, além das peculiaridades de cada região. É a festa junina, que se inicia no dia 12 de Junho, véspera do dia de Santo Antônio e encerra no dia 29, dia de São Pedro. O ponto mais elevado da festa ocorre nos dias 23 e 24, o dia de São João. Durante os festejos acontecem quadrilhas, forrós, leilões, bingos e casamentos caipiras.

A tradição de comemorar o dia de São João veio de Portugal, onde as festas são conhecidas pelo nome de Santos Populares e correspondem a diversos feriados municipais: Santo Antônio, em Lisboa; São Pedro, no Seixal; São João, no Porto, em Braga e em Almada.

O nome “junina” é devido à sua procedência de países europeus cristianizados. Os portugueses foram os responsáveis por trazê-la ao Brasil, e logo foi inserida aos costumes das populações indígenas e afro-brasileiras.

A festa de São João brasileira é típica da Região Nordeste. Em Campina Grande, na Paraíba, a festa junina atrai milhares de pessoas. A canjica e a pamonha são comidas tradicionais da festa na região, devido à época ser propícia para a colheita do milho. O lugar onde ocorrem os festejos juninos é chamado de arraial, onde há barracas ou um galpão adaptado para a festa.

As festas de São João são ainda comemoradas em alguns países europeus católicos, protestantes e ortodoxos. Em algumas festas europeias de São João são realizadas a fogueira de São João e a celebração de casamentos reais ou encenados, semelhantes ao casamento fictício, que é um costume no baile da quadrilha nordestina.
Por Patrícia Lopes

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Produção de texto: Revisão vai além da ortografia e foca os propósitos do texto


O objetivo do aluno ao fazer a revisão de texto é conseguir que ele comunique bem suas ideias e se ajuste ao gênero. Isso tem de ser feito tanto durante a produção como ao fim dela
Produzir textos é um processo que envolve diferentes etapas: planejar, escrever, revisar e re-escrever. Esses comportamentos escritores são os conteúdos fundamentais da produção escrita. A revisão não consiste em corrigir apenas erros ortográficos e gramaticais, como se fazia antes, mas cuidar para que o texto cumpra sua finalidade comunicativa. “Deve-se olhar para a produção dos estudantes e identificar o que provoca estranhamento no leitor dentro dos usos sociais que ela terá”, explica Fernanda Liberali.

Com a ajuda do professor, as turmas aprendem a analisar se ideias e recursos utilizados foram eficazes e de que forma o material pode ser melhorado. A sala de 3º ano de Ana Clara Bin, na Escola da Vila, em São Paulo, avançou muito com um trabalho sistemático de revisão. Por um semestre, todos se dedicaram a um projeto sobre a história das famílias, que culminou na publicação de um livro, distribuído também para os pais. Dentro desse contexto, Ana Clara propôs a leitura de contos em que escritores narram histórias da própria infância.

Os estudantes se envolveram na reescrita de um dos contos, narrado em primeira pessoa. Eles tiveram de re-escrevê- lo na perspectiva de um observador – ou seja, em terceira pessoa. A segunda missão foi ainda mais desafiadora: contar uma história da infância dos pais. Para isso, cada um entrevistou familiares, anotou as informações colhidas em forma de tópicos e colocou tudo no papel.

Ana Clara leu os trabalhos e elegeu alguns pontos para discutir. “O mais comum era encontrar só o relato de um fato”, diz. “Recorremos, então, aos contos lidos para saber que informações e detalhes tornavam a história interessante e como organizá-los para dar emoção.” Cada um releu seu conto, realizou outra entrevista com o parente-personagem e produziu uma segunda versão.

Tiveram início aí diferentes formas de revisão – análise coletiva de uma produção no quadro-negro, revisão individual com base em discussões com o grupo e revisões em duplas – realizadas dias depois para que houvesse distanciamento em relação ao trabalho. A primeira proposta foi a “revisão de ouvido”. Para realizá-la, Ana Clara leu em voz alta um dos contos para a turma, que identificou a omissão de palavras e informações. A professora selecionou alguns aspectos a enfocar na revisão: ortografia, gramática e pontuação. “Não é possível abordar de uma só vez todos os problemas que surgem”, completa Telma.
Quando a classe de Ana Clara se dividiu em duplas, um de seus propósitos era que uns dessem sugestões aos outros. A pesquisadora argentina em didática Mirta Castedo é defensora desse tipo de proposta. Para ela, as situações de revisão em grupo desenvolvem a ref lexão sobre o que foi produzido por meio justamente da troca de opiniões e críticas. “Revisar o que os colegas fazem é interessante, pois o aluno se coloca no lugar de leitor”, emenda Telma. “Quando volta para a própria produção e faz a revisão, a criança tem mais condições de criar distanciamento dela e enxergar fragilidades.”

Um escritor proficiente, no entanto, não faz a revisão só no fim do trabalho. Durante a escrita, é comum reler o trecho já produzido e verificar se ele está adequado aos objetivos e às ideias que tinha intenção de comunicar – só então planeja- se a continuação. E isso é feito por todo escritor profissional.

A revisão em processo e a final são passos fundamentais para conseguir de fato uma boa escrita. Nesse sentido, a maneira como você escreve e revisa no quadro-negro, por exemplo, pode colaborar para que a criança o tome como modelo e se familiarize com o procedimento. Sobre o assunto, Mirta Castedo escreve em sua tese de doutorado: “Os bons escritores adultos (...) são pessoas que pensam sobre o que vão escrever, colocam em palavras e voltam sobre o já produzido para julgar sua adequação. Mas, acima de tudo, não realizam as três ações (planejar, escrever e revisar) de maneira sucessiva: vão e voltam de umas a outras, desenvolvendo um complexo processo de transformação de seus conhecimentos em um texto”.

Trecho adaptado da reportagem Escrever de verdade - produção de texto

Brasil tem cinco das seis capitais mais verdes da América Latina; Curitiba lidera ranking na região


O Brasil tem cinco entre as seis capitais mais verdes da América Latina, segundo estudo discutido nesta segunda-feira (18) no Rio de Janeiro. Os dados já tinham sido divulgados no início do ano.
Curitiba foi a única a ganhar o conceito de "bemacima da média" e lidera o ranking na região.
Alguns fatores contaram a favor da capital paranaense: o menor consumo de água per capita da América Latina entre as cidades pesquisadas, assim como ter 100% dos resíduos recolhidos.
O estudo foi desenvolvido pela Economist Intelligence Unit, com o patrocínio da Siemens, e analisou dados de 120 cidades no mundo, sendo 17 delas da América Latina.

SP, Rio, BH e Brasília ficam "acima da média"

A cidade de São Paulo aparece como acima da média por ter o mais "robusto" plano de ação contra as mudanças climáticas, segundo o levantamento.
A política de energia verde foi o grande destaque do Rio de Janeiro, assim como o fato de ter a maior área verde entre as cidades pesquisadas. 
Belo Horizonte teve um bom desempenho pelos seus prédios "verdes", além das políticas para a qualidade do ar e da água.

Porto Alegre é a pior entre cidades brasileiras

Segundo o levantamento feito pela Siemens, Porto Alegre foi a única cidade brasileira a ficar "na média".
As capitais de Argentina e Uruguai (Buenos Aires e Montevidéu) ficaram classificadas como "abaixo da média".